5 dicas para curtir um carnaval sustentável

Glitter? Confete? Garrafa de vidro? Nem pensar. Separamos dicas para curtir o carnaval sem poluir as cidades. Partiu?

Ah, o carnaval! Definitivamente a época mais esperada do ano pelos foliões brasileiros. Haja criatividade para criar fantasias e disposição para pular carnaval. No entanto, quando se trata de consciência ambiental, a maioria fica devendo.

O descaso com o lixo no carnaval de rua vem se evidenciando por todo o Brasil. Durante o carnaval de 2018, mais de 1000 toneladas de resíduos foram coletadas na cidade de São Paulo. As imagens são de arrepiar e deixar qualquer um envergonhado.

O carnaval de 2019 nem começou oficialmente, mas já registrou grande quantidade de lixo jogado nas ruas. Em São Paulo, a Prefeitura montou uma operação com 1.840 agentes de limpeza e frota de 214 veículos. Mesmo com tamanha mobilização, o Largo da Batata foi repleto de latinhas, garrafas de vidro e muitos outros resíduos espalhados.

A produção excessiva de lixo não é um problema só para o meio ambiente, mas também atrapalha a saúde e o conforto de quem quer aproveitar a festa. O MLC foi buscar 5 dicas fundamentais para tornar seu carnaval mais sustentável.
Partiu?

Glitter? Só se for biodegradável

Glitter e purpurina são acessórios indispensáveis nas produções de carnaval. Estão presentes dos pés à cabeça dos foliões, mas essas micropartículas de brilho são prejudiciais à natureza, em especial à vida marinha. O glitter é feito basicamente de plásticos, metais e químicos que não podem ser reciclados e levam muito tempo para se decompor. Além disso, o seu tamanho minúsculo torna quase impossível a filtragem pelo sistema de tratamento de esgoto. Assim, ele vai do seu corpo direto para os oceanos, se tornando mais um agravante da poluição por “microplásticos”, que afeta drasticamente o ecossistema.

Existe muitas empresas que já produzem glitter biodegradável, a partir de materiais naturais, como pó de mica. Além disso, você pode preparar o seu bioglitter em casa. Clique aqui e veja o passo a passo.

E confete? Tem de ser ecológico também

Confetes e serpentinas são tradição de carnaval, certo? O grande problema é que isso é literalmente plástico e papel jogado diretamente no chão e que são altamente nocivos ao meio ambiente. A solução é bem simples: uma alternativa é produzir o seu próprio confete utilizando papel reciclado ou melhor ainda, folhas e flores secas. Tudo que você precisa é de um furador de papel para produzir confetes biodegradáveis.

Prefira as latinhas

No carnaval não pode faltar bebida. Trocar as garrafinhas de vidro ou de plástico por latas de alumínio é uma forma mais sustentável e conveniente de matar a sede. As latinhas são as mais indicadas para eventos ao ar livre porque são altamente recicláveis e, quando descartadas corretamente, podem voltar às prateleiras do mercado em apenas 60 dias. #VáDeLata

Leve seu copo e canudo reutilizáveis

Melhor do que produzir pouco lixo é produzir lixo nenhum, por isso, a melhor alternativa para se refrescar na folia é levar seu próprio copo e ficar com ele até o final. Já existem no mercado marcas especializadas em copos ecológicos que fazem parceria com festas de carnaval para a não utilização de descartáveis. Além de não fazerem mal ao meio ambiente, os copos são reutilizáveis.

Outra opção também são os canudos reutilizáveis. Já existem canudos de diferentes materiais, como vidro, alumínio e até bambu, ótimas alternativas para substituir os feitos de plástico.

Blocos sustentáveis

Vale a pena ficar de olho na programação desse carnaval porque tem muitos blocos de rua com uma pegada sustentável e que se preocupam com a quantidade de lixo produzido pelos foliões. O Bloco Sargento Pimenta deixou de usar materiais que ficavam aos montes no chão após o desfile, como ventarolas e panfletos. Nos últimos eventos, o bloco fez parcerias com ONGs de catadores de lixo e de reciclagem, e segundo a responsável Nathália Trajano, isso deve se repetir em 2019.

O Suvaco de Cristo faz uma parceria com a ONG Divinas Axilas para produzir fantasias e acessórios para o desfile do bloco, além de customização de camisetas utilizando matérias reciclados.

O Galpão das Artes Hélio G. Pellegrino, da Comlurb, promove uma oficina que ensina a fazer bolsas a partir do reaproveitamento de banners encontrados no lixo. Elas serão usadas por voluntários que desfilam no bloco Vagalume, treinados para conscientizar os foliões sobre o descarte correto de latinhas, garrafas e demais detritos produzidos durante a passagem do bloco.

 

Fonte: O Globo, Estadão

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