Pesquisa revela panorama da Limpeza Urbana no Brasil

Nenhum dos municípios tirou a nota máxima no índice

Está em vigor no Brasil, há cerca de 6 anos, a Lei 12.305/10, que institui a PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos – para definir a responsabilidade legal sobre os resíduos sólidos. Porém, mesmo com a normativa, ainda existe uma defasagem quanto às informações sobre a limpeza urbana das cidades brasileiras, o que torna difícil o mapeamento dos desafios para o cumprimento das recomendações da PNRS. Para preencher essa lacuna de referências quantitativas, o Selur e a PwC criaram o ISLU – Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana.

A partir de dados coletados no SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – e com base nos critérios da PNRS, foram mapeados 1.721 municípios brasileiros. Para chegar aos resultados, foram avaliados quatro aspectos: Engajamento do Município (população atendida x população total); Sustentabilidade Financeira (despesas com a limpeza urbana x despesas totais); Recuperação dos Recursos Coletados (material reciclável recuperado x total coletado); e, por fim, Impacto Ambiental (quantidade destinada incorretamente x população atendida).

O resultado não é um ranking de cidades limpas x cidades sujas, mas sim uma análise que pode servir para os gestores públicos e privados de limpeza urbana, assim como associações e a sociedade em geral, a tomarem as medidas necessárias a fim de atender as exigências da PNRS. Tudo isso com um único objetivo: fomentar um ambiente sustentável e saudável em seus municípios.

Destaques

A região sul foi o grande destaque, com as dez cidades mais bem avaliadas do ISLU, sendo Nova Esperança, do Paraná, a mais bem pontuada. O estado em geral teve bons resultados, graças a seu pioneirismo em Educação Ambiental desde os anos 80 e sua alta conscientização popular. Outro fator importante é o fato de os dez municípios com melhor avaliação têm menos de 30 mil habitantes.

Entre os locais com mais de 250 mil habitantes, as cidades paulistas se sobressaem, principalmente São José dos Campos, Santos, Campinas e Sorocaba, que estão entre as 20 primeiras posições do ranking, para essa população. Na outra ponta do ranking, há grande representatividade de municípios do Norte. Entre os 20 municípios com as piores avaliações, metade se encontra na região.

As conclusões do ISLU mostram que ainda há um longo caminho a ser percorrido quando o assunto é a limpeza urbana no Brasil. Apesar dos bons exemplos, sobretudo na região Sul, nenhuma cidade brasileira conseguiu a nota máxima do índice. Contudo, por meio da análise do estudo, é possível encontrar soluções factíveis para a sustentabilidade das cidades avaliadas.

Confira o estudo completo no site do Selur em http://www.selur.com.br/publicacoes/islu-indice-de-sustentabilidade-da-limpeza-urbana-para-os-municipios-brasileiros/

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