Você sabe quais são as cidades mais limpas do Brasil?

Entre os municípios com mais de 250 mil habitantes, Caxias do Sul (RS) lidera o ranking de sustentabilidade da limpeza urbana (ISLU). Buscamos saber os motivos que levaram a cidade a essa colocação. Um deles, a cidade tem taxa de coleta de lixo e grande adesão da população.

O ISLU (Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana) é um estudo realizado com o objetivo de medir a aderência dos municípios ao cumprimento da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos). Baseado nas informações cedidas pelos próprios municípios, o ISLU serve como um termômetro para avaliar como os municípios tratam a gestão de resíduos sólidos.

A 3ª edição do ISLU, divulgado no ano de 2018, revela o Sul como a região “mais limpa” do Brasil. Não é surpresa que, ao analisarmos os cinco primeiros municípios com maior aderência à PNRS em cenário nacional, quatro pertencem ao Sul (Marau, Braço do Trombudo, Itapiranga e Presidente Lucena).

Analisando o caso de Caxias do Sul (RS)

Já em relação às localidades com mais de 250 mil habitantes, as conhecidas “cidades grandes”, um município se destaca. Caxias do Sul (também da Região Sul do Brasil) aparece na primeira colocação do estudo.

É bom deixar claro que nenhuma cidade obtém números tão bons “de graça”, não é? Nos últimos anos, observamos que Caxias do Sul vem investindo nos serviços de limpeza urbana e gestão de resíduos sólidos.

Dois fatores muito fortes que colocam Caxias do Sul como a “cidade mais limpa do Brasil”, de acordo com as análises do ISLU, são: uma alta taxa de reciclagem e uma taxa específica para os serviços de limpeza urbana.

Enquanto outras cidades bem colocadas no ranking apresentam uma baixa taxa de reciclagem – Niterói, segundo lugar no ISLU, apresenta taxa de 0,96% e Rio de Janeiro, terceiro lugar, aparece com 0,93% -, Caxias do Sul lidera com uma taxa de 8,45%, muito mais alta do que a maioria dos outros municípios brasileiros. O alto índice se deve a uma série de ações da prefeitura, com programas que incentivam os cidadãos a praticar a reciclagem, como o Projeto Troca Solidária, no qual os moradores podem trocar lixo reciclável por alimentos. Além disso, Caxias do Sul dispõe de um alto número de contêineres, adotados em 2007, o que ajudou a triplicar a quantidade de lixo reciclável coletado nas ruas.

É inegável que apesar das ações do poder público, a adesão da população é fundamental para esse desempenho. A sociedade brasileira precisa cada vez mais entender que resolver o problema do lixo passa por ações individuais e coletivas. Afinal, o lixo não some depois que deixa a casa de cada um. Ter consciência e atitude sobre o que se faz com ele, é primordial.

Voltando à cidade gaúcha, vale lembrar ainda que ela tem 100% de seu território atendido pela coleta domiciliar e é uma das cidades onde existe uma fonte de recursos específicos para o serviço, a taxa de coleta de lixo. O ISLU revela que as cidades que possuem este tipo de arrecadação, geralmente possuem uma média maior de universalização e de destinação correta.

Gráfico de evolução nas últimas três edições do ISLU

Ao longo dos últimos anos, a aderência de Caxias do Sul à PNRS vem aumentando. Desde a primeira edição do ISLU, a cidade foi subindo de posição até atingir a primeira posição e ser considerada, senão a cidade mais limpa do país, mas definitivamente um modelo para os outros municípios brasileiros. Em 2016, a cidade comemorou 25 anos de coleta seletiva, com uma média de 90 toneladas de resíduos recicláveis sendo coletados por dia.

A ótima gestão dos resíduos sólidos e da limpeza urbana trazem um cenário ímpar para os cidadãos, proporcionando altos índices de qualidade de vida e sendo referência para todo o Brasil.

 

 

Fonte: Codeca, ISLU, Rádio Caxias

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