Chorume produzido em lixões contamina fontes de água em todo o país
Temos abordado aqui, no blog do Movimento Lixo Cidadão, os impactos do descarte da destinação inadequada de resíduos. O tema de hoje é sobre a contaminação do lençol freático – e consequentemente de rios e lagos – pelo chorume, um líquido que se forma pelo processo de decomposição do lixo doméstico.
Como no Brasil ainda há muitos lixões a céu aberto, esse liquido extremamente poluente não é capturado e tratado, como nos aterros sanitários, e com as chuvas, ele ganha fluxo em direção ao lençol freático, dissolvendo substâncias orgânicas, como carbono e nitrogênio, e inorgânicas, como arsênio, cobalto, cobre, chumbo, mercúrio, entre outros.
Ao contaminar o lençol freático, essas substâncias chegam a lagos, rios e minas, na medida em que esses locais recebem a água das chuvas infiltradas no reservatório subterrâneo. A água contaminada também afeta a vida de espécies aquáticas, além da vegetação próxima a estas fontes porque absorve grande quantidade de oxigênio presente na água.
Nos aterros sanitários, o chorume é controlado e pode ser tratado de duas formas: por processo biológico, em que é fornecido oxigênio suficiente para a decomposição completa em que pode ser transformado em adubo; ou de maneira anaeróbica, em que o tratamento ocorrer em reatores fechados.
Apesar de todo conhecimento público sobre esses e outros problemas causados pelos lixões, o Congresso Nacional discute um projeto de lei que prorroga a manutenção destes locais irregulares espalhados pelo País, sem apresentar uma proposta de solução.
Não concorda? Então aproveite para cobrar do deputado e do senador que você ajudou a eleger para que ele (a) se posicione contra a manutenção desses crimes ambientais que ocorrem todos os dias no País em decorrência da existência de lixões.