Japão: o País que desafia o lixo

Não é à toa que o Japão é chamado de “Terra do Sol Nascente”. Seu pioneirismo vai além dos fatores naturais, e quando o tema é lixo isso fica mais evidente, não somente pelos números positivos, mas também pela conscientização e atitudes por parte da população japonesa.

Mesmo sendo um dos países com maior índice de densidade demográfica, o Japão é considerado um dos lugares mais limpos do mundo. Isso é reflexo de um sistema de gerenciamento de resíduos sólidos eficiente, que consegue reutilizar 96% do lixo que chega aos depósitos. Porém, a história do lixo no Japão não foi sempre essa maravilha. Em 1995, o país reciclava apenas 3% das garrrafas PET, por exemplo. Já no censo realizado em 2010, esse número passou para 72%, um crescimento de 250% em 15 anos.

Mas, quais fatores contribuíram para essa melhora brusca nos dados?

A causa não está apenas atrelada a uma melhora no serviço de coleta de lixo, mas também a projetos de conscientização da população, que começa dentro das escolas. Entender que todos os resíduos e sujeira que geramos é responsabilidade nossa, é essencial para que possamos manter uma cidade limpa. Esse preceito é passado de maneira inovadora nas escolas japonesas, onde os próprios alunos são responsáveis pela limpeza e organização das salas.

Mas não é só nas escolas que as atitudes cidadãs são postas em prática, é nas ruas, nas casas e dentro das empresas também. Manter a rua limpa, separar o lixo orgânico do reciclável é dever dos cidadãos, e a sociedade nipônica assimilou isso para a sua cultura. O pensamento de que as ruas são extensões da nossa casa é o pensamento que deve guiar a sociedade.

O processo de mudança na educação de um país pode levar anos, mas dá frutos incríveis. Com o exemplo do Japão, podemos nos inspirar a mudar o cenário à respeito do lixo no nosso país. Aliando melhoras no sistema de coleta e na educação a respeito do lixo, é possivel garantir a reutilização de grande parte dos nossos resíduos. Vamos nos unir por um Brasil mais limpo? Ainda há tempo!

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