Greenwashing, prática que cria uma falsa aparência de sustentabilidade
Você já parou para pensar se todos os produtos ecológicos realmente cumprem o que os rótulos prometem?
Já ouviu falar de Greenwashing? Muitos que ouvem o termo pela primeira vez acredita se tratar de algo positivo, certo? Bom, estamos aqui para desmistificar a palavra.
Com o aumento da população preocupada com o meio ambiente e questões ligadas ao bem-estar animal e saúde, diversas empresas passaram a utilizar uma comunicação com apelo ecológico em seus rótulos, muitas vezes abusando de selos, certificados e termos como “ecológico”, “sustentável” ou “amigo do meio ambiente” para atrair o consumidor. Mas você já parou para pensar se todos esses produtos realmente cumprem o que os rótulos prometem?
É exatamente essa situação que chamamos de Greenwashing, expressão que significa “maquiagem verde” ou “lavagem verde”. Nesses casos, as marcas criam uma falsa aparência de sustentabilidade, sem necessariamente aplicá-la na prática. Em geral, a estratégia é utilizar termos vagos e sem embasamento, que levam o consumidor a acreditar que ao comprar um produto “ecológico” está contribuindo para a sustentabilidade ambiental e animal. Em termos simples, é a famosa propaganda enganosa, que além de enganar o cliente, engana o meio ambiente…
Exemplo da prática
O pessoal do site eCycle nos dá um exemplo bem claro de como algumas empresas fazem uso da prática.
Todos sabem que o setor automobilístico gera muitos impactos negativos, como a poluição do ar, consumo de energia e consumo de recursos naturais. Um grande fabricante de automóveis com sede no Japão promove o greenwashing induzindo o consumidor a pensar que comprar o seu automóvel é fator que contribui para preservar o ambiente e promover a sustentabilidade. Na propaganda veiculada em jornal são apresentadas informações sobre a utilização de materiais reciclados na composição do carro, economia de água, logística reversa e eliminação de metais pesados.
Mas porque isso caracterizaria um greenwashing? Ao apresentar tais informações, a empresa comete pelo menos três dos sete pecados da rotulagem ambiental. O primeiro pecado observado nessa atitude do fabricante é o do custo ambiental camuflado; o segundo, mais praticado no Brasil (segundo pesquisa), consiste em apresentar-se como “ambientalmente correto” ao mesmo tempo que são gerados outros impactos negativos decorrentes do processo produtivo de produtos e serviços. O terceiro pecado observado é a falta de prova, ou seja, não são apontadas certificações ambientais e, no website fornecido, as informações apresentadas na propaganda não são comprovadas.
Proteja-se do Greenwashing
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), com base em uma pesquisa realizada (clique aqui para baixar a pesquisa) que analisou mais de 500 embalagens de produtos de higiene, limpeza e utilidade doméstica para verificar a prática do Greenwashing, preparou um guia simples de como identificar produtos que contam com o falso selo sustentável. Vale estar atento a procedência dos produtos!
Fonte: Idec, eCycle