As Cataratas do Iguaçu e a história de Naipi e Tarobá s2
Era uma vez uma cultura ancestral, com inúmeras lendas e um folclore tão rico, mas que precisava lutar muito para continuar existindo. Infelizmente, não se trata de um conto de fadas, mas do passado de tradições dos nossos povos indígenas que tende a cair no esquecimento. Hoje, o Movimento Lixo Cidadão quer contar a história das Cataratas do Iguaçu, narrada a partir do romance de Naipi e Tarobá, dois índios que viveram um romance proibido.
De acordo com um conto dos caigangues, que habitavam a margem do rio, havia uma bela índia chamada Naipi. Ela era tão bonita que, todo dia de manhã, quando se contemplava nas margens do Iguaçu, as águas ficavam estáticas. Essa beleza não foi em vão: Naipi foi consagrada ao deus M’boy, que tinha a forma de uma grande serpente e governava a região.
Na cerimônia de sua consagração, enquanto todos bebiam e dançavam, o guerreiro Tarobá não resistiu aos encantos e se apaixonou perdidamente por Naipi, sendo correspondido na mesma intensidade. Mas como eles poderiam viver aquele romance, se ela teria que destinar toda sua vida ao culto de M’boy? O casal seguiu o coração e, em um belo dia, pegaram uma canoa e, silenciosamente, fugiram pelo rio.
M’Boy, que era muito astuto, ouviu rumores sobre os planos e não deixou essa trama impune. Enquanto Naipi e Tarobá fugiam, a divindade se entranhou pelas terras embaixo do rio, contorcendo-se com toda sua força e criando uma imensa fenda. Assim, nasceram as cataratas do Iguaçu. Os amantes caíram nesse vão e desapareceram. Reza a lenda que ela se tornou uma pedra às margens das cataratas, sempre castigada pelas águas, enquanto o guerreiro foi transformado em uma palmeira. Os caigangues acreditam que M’Boy permanece lá, escondido e observando os dois índios separados.
Para ler mais sobre o Parque Nacional do Iguaçu – um verdadeiro paraíso nacional, tombado como Patrimônio Natural pela Unesco desde 1986 – acesse a página oficial da atração.