Aterros sanitários devem substituir lixões
O problema da destinação inadequada de lixo no Brasil parece uma novela sem fim. Em 2010 ficou estabelecido por lei que as cidades deveriam criar um plano para erradicação dos lixões a céu aberto e substitui-los por aterros sanitários em conformidade com as normas ambientais até 2014.
Já se passaram quase dois anos que este prazo venceu e a realidade é que cerca de 78 milhões de brasileiros continuam sendo afetados pelo problema. E a questão, além de representar um grave problema ambiental, é também um problema de saúde pública, já que a manutenção dos lixões provoca uma série de doenças.
Uma pesquisa realizada pela Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA, em inglês) e publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revela que manter os lixões custa cerca de R$ 1,5 bilhão por ano ao sistema de saúde do País, considerando despesas com tratamentos de saúde, perdas de dias de trabalho por afastamento médico e soluções paliativas a danos ambientais.
E para piorar a situação, a quantidade de lixo produzido só tem aumentado por conta do próprio crescimento da população, pelo estímulo ao consumo e pela quantidade cada dia maior de materiais descartáveis colocados no mercado.
Assim, a solução deste grave problema passa pelo planejamento para erradicação dos lixões e pela efetiva substituição por aterros sanitários.