Lixão da Estrutural: poluição do meio ambiente continua

Governo do Distrito Federal anuncia nova previsão de data para encerramento das atividades do local

 

O fechamento do Lixão da Estrutural – também conhecido como Aterro Controlado do Jóquei, previsto para o dia 31 de outubro, foi adiado para 20 de janeiro de 2018. Localizado em Brasília (DF), o espaço ficou conhecido como o maior depósito de lixo a céu aberto da América Latina, com uma área de aproximadamente 200 hectares. O mais irônico é que o lixão está localizado a 20 quilômetros da Praça dos Três Poderes – onde fica a maior concentração de poder da nação.

O anúncio foi feito pelo governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, que pondera uma série de fatores – um dos pontos é que os galpões para destinação dos recicláveis coletados por catadores ainda carecem de equipamentos adequados para triagem. De acordo com o Governo, os agentes que atuam no vazadouro a céu aberto terão vez nessa central de recebimento. O que não for reciclável será encaminhado para o Aterro Sanitário de Brasília, também conhecido como Aterro da Samambaia, que já se encontra ativo e será responsável por substituir, mesmo que a longo prazo, o Lixão da Estrutural.

Instituída em 2010, a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) determina o encerramento dos lixões, sendo que o prazo inicial era o ano de 2014. No entanto, o Brasil ainda conta com três mil locais como este, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe). Os passivos gerados por este nocivo formato vão da contaminação do lençol freático e do solo à emissão de gás metano, amplamente associado com o efeito estufa.

Classificado como o maior da América Latina pela Organização das Nações Unidas (ONU), somente em 2016 o espaço recebeu 830 mil toneladas de dejetos, segundo dados do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) de Brasília. De acordo com informações do jornal Correio Braziliense, ao longo dos 60 anos de atividade, o Lixão da Estrutural recebeu mais de 40 milhões de toneladas de detritos. Ou seja, estamos diante de um problema emergencial cujo passivo ambiental ainda não foi dimensionado.

O Aterro da Samambaia, construído para substituir o Lixão da Estrutural, tem vida útil de 13 anos, contando a partir de 2017. Para saber mais, acompanhe no site do SLU (Sistema de Limpeza Urbana do Distrito Federal). E se você ficar sabendo de algum lixão ou ponto viciado, informe a Prefeitura da sua cidade. Sua participação é sempre muito importante.

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